Videoarte “A Metamorfose” é exibida em vias públicas de Cachoeiro




O projeto do Grupo Anônimos de Teatro com direção de Diego Scarparo fará projeções pela cidade com trilha sonora executada ao vivo.


Da literatura para o teatro, e do teatro para o cinema. O Grupo Anônimos de Teatro, que estreou seu espetáculo “A Metamorfose” no último mês de outubro, desdobra seu projeto em uma videoarte, que será exibida em vias públicas de Cachoeiro de Itapemirim com trilha sonora executada ao vivo, de 09 a 11 de novembro (quinta a sábado) – quinta às 19h30 e às 21h; e demais dias às 19h30. Dirigida pelo cineasta Diego Scarparo, a videoarte inspira-se em temáticas presentes no texto original de Franz Kafka, tais como vida e morte, nascimento e renascimento, para a criação de uma nova obra, agora a partir da linguagem cinematográfica.


“A proposta surge da própria essência do Grupo Anônimos, que é de nunca contar uma história através de uma única linguagem. Ao montar ‘A Metamorfose’, convidamos uma diretora da área da dança para dirigir um espetáculo de teatro. A música, executada ao vivo, é mais uma linguagem de que nos apropriamos para contar a vida e morte de Gregor Samsa. O cinema vem nessa mesma batida: metamorfoseamos o próprio projeto ao transformar a ideia de um espetáculo teatral em uma videoarte”, conta o ator Luiz Carlos Cardoso, que protagoniza tanto a peça quanto a videoarte.





A exibição, que tem duração de 30 minutos, apresenta os músicos do grupo Alessandra Biato e João de Paula Junior executando ao vivo a trilha sonora do vídeo. Por esse motivo, a produção foi concebida sem sons, apenas com imagens. Nelas, são explorados espaços urbanos e naturais para contar a mesma história através de uma outra narrativa, criada pelo diretor Diego Scarparo.


O público poderá conferir o trabalho em diferentes locais da cidade. A escolha deles, segundo Luiz, também possui um caráter político e simbólico: “Exibir o vídeo na frente do Teatro Rubem Braga, por exemplo, diz muito sobre o descaso com esse espaço, que, atualmente, não tem servido para nada. A ação de projeção, música e vídeo acaba dando sentido a ele”, aponta.


Todas as exibições têm acesso gratuito e aberto para a cidade, transeuntes e visitantes. Este projeto foi realizado com recursos do Funcultura/Secult-ES.


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