Dia 20 de novembro é celebrado o Dia da Consciência Negra e para lembrarmos esse dia especial publico o poema Consciência negra de Marco Antônio de Souza Soledade poeta anchietense que com maestria fala das mazelas e das alegrias do povo negro.
Consciência negra
Vinte de
novembro
A
celebração
Da
consciência negra
Em nossa
Nação
Dia da
morte
Do ícone
da escravidão
Zumbi; de
Palmares
Tentou a
libertação
Mas numa
emboscada
Houve a
traição
Por parte
de amigo
Amigo do
cão
Como
todos sabem
Fomos o
último país
A abolir
a escravatura
Dessa
gente infeliz
Treze de
maio
O ano vou
mear
Dezoito,
oitenta e oito
Fato
espetacular
A
Princesa Isabel
Veio
assinar
A Lei
Áurea
Liberdade
a decretar
Estou
livre!
O negro a
comemorar
Mas uma
angústia
Vem lhe
assaltar
Para onde
irei?
Onde vou
trabalhar?
Família tenho
Para sustentar
Permanecer
Sob a
proteção
Do meu
patrão
Pelo menos
aqui
Passaremos
fome não
Minha esposa
e filhos
Acompanhar-me-ão
Alguns permaneceram
Libertos na
prisão
Não mais
o açoite
Foi-se a
humilhação
Ainda lhe
cabiam
No tocante
a educação
Cota para
negros
Uma reparação
Alguns questionam
É
discriminação
E sobreviveram
Diversas personalidades
O rei
pelé
Virou celebridade
O nosso
Joaquim Barbosa
Grande
Magistrado
Muito batalhou
Sofreu um
bocado
Envolvidos
no mensalão
Foram condenados
O mestiço
e o caboclo
A negra e
a mulata
Pessoas cor
de jambo
Aquelas também
pardas
Pessoas comuns
Mas que
do bem são
A senhora
Benedita
O senhor
Sebastião
Os que
vivem em favelas
Que são
dignos cidadãos
que pagam seus tributos
Desenvolvem
a Nação
Infelizmente
vão existir
Aqueles do
arrastão
Do tráfico
de drogas
Do furto
de um cordão
Assalto à
mão armada
Por favor,
sem reação
Consciência
Negra
Porque comemorar?
De todo
coração
Devemos nos
libertar
Do orgulho
e egoísmo
Da inveja
sem par
Só seremos
mesmo livres
Quando espaço
não sobrar
Em nosso
coração
Para as
coisas más
Grandes artistas
Zeca Pagodinho
Dudu Nobre
Da Vila
tem Martinho
Um maestro
da Viola
Chamado
Paulinho
Milton Nascimento
Ainda o
Djavan
Jorge Bom
Jor
Uma multidão
de fãs
Gilberto Gil
E por aí
vai
São sucessos
Nas paradas
musicais
Temos o
Congo e Jongo
Feijoada e
capoeira
Expressões
artísticas
Afro-brasileiras
Ainda temos
O acarajé
Na Bahia
Com muita
fé
Diversas atividades
Não tudo
pra citar
Mas é meu
desejo
A todos
homenagear
Viva a
Consciência Negra
Que hoje
tem lugar!
Poema de Marco Antônio de Souza Soledade
Anchieta –
ES, 17 de novembro de 2015
Comentários