Festival de Poesia Falada em Varginha/MG | 20/06/2009
Representado pelo ator Luiz Carlos Cardoso e pelo violinista João de Paula Junior, a interpretação da poesia "Modernista", de Milena Paixão, ocorreu no 3º Festival de Poesia Falada, em Varginha, sul de Minas Gerais. A experiência trouxe autonomia ao grupo, que experimentou essa bela perspectiva teatral: a de interpretação de poesias.
Nessa primeira parceria, Milena escreveu o poema especialmente para o Festival, recebendo grandes elogios por atores de diversos lugares do país, assim como os intérpretes. A experiência trouxe vigor ao grupo e imagens inesquecíveis.
Para ver o vídeo da interpretação de Luiz Carlos Cardoso e João de Paula Junior, acesse: http://www.youtube.com/watch?v=NuH7DfWKmaY
Tinha a incerteza no meio do caminho.
No meio do caminho, a incerteza.
E, mais pro lado, a pedra.
Tinha a pedra.
Eu vi a incerteza e franzi o nariz de pena:
A incerteza era um bichinho.
E feio, como era feio, meu deus.
E roía, como roía, com uns incisivos
Que queriam crescer pra sempre
Pra além do seu tamanho
E ainda além.
Enquanto fiquei parada olhando, a incerteza roeu tudo o que podia:
Graveto, plástico, guimba, cacos
Até a pedra.
Ainda não satisfeita, ela chegou pra mim
E deu de roer meus sapatos
Roeu até sangrar um dedão.
Mandei-lhe a pedra no traseiro.
Tinha a pedra no meio do caminho.
E no meio do caminho tinha a incerteza.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas ainda frescas.
Nessa primeira parceria, Milena escreveu o poema especialmente para o Festival, recebendo grandes elogios por atores de diversos lugares do país, assim como os intérpretes. A experiência trouxe vigor ao grupo e imagens inesquecíveis.
Para ver o vídeo da interpretação de Luiz Carlos Cardoso e João de Paula Junior, acesse: http://www.youtube.com/watch?v=NuH7DfWKmaY
Tinha a incerteza no meio do caminho.
No meio do caminho, a incerteza.
E, mais pro lado, a pedra.
Tinha a pedra.
Eu vi a incerteza e franzi o nariz de pena:
A incerteza era um bichinho.
E feio, como era feio, meu deus.
E roía, como roía, com uns incisivos
Que queriam crescer pra sempre
Pra além do seu tamanho
E ainda além.
Enquanto fiquei parada olhando, a incerteza roeu tudo o que podia:
Graveto, plástico, guimba, cacos
Até a pedra.
Ainda não satisfeita, ela chegou pra mim
E deu de roer meus sapatos
Roeu até sangrar um dedão.
Mandei-lhe a pedra no traseiro.
Tinha a pedra no meio do caminho.
E no meio do caminho tinha a incerteza.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas ainda frescas.
Comentários
Com certeza quem te assistiu tb gostou muito!!
Torço muito pelo seu sucesso amigo!!!!
Abração!!